Produção Industrial de Ovos

Problemas durante a criação

Sujeira do local.

Alto número de animais juntos e ventilação insuficiente, que pode ocasionar doenças respiratórias.

 Possibilidade de epidemias e pandemias, tais como gripe aviária.

Manejo cruel como corte de bico e descarte de pintinhos machos.

Impossibilidade de manifestar seu comportamento natural, pois não é possível ciscar, alçar pequenos voos, tomar banho de areia, formar ninho.

Distúrbios comportamentais provenientes de ambientes frustrantes, por exemplo, quando o animal bica a gaiola

Como é a criação

95%

95% das galinhas poedeiras são mantidas em gaiolas.

As etapas são: cria, recria, postura e beneficiamento do ovo.

Há fazendas que realizam todas as etapas no mesmo local, e outras em que são em locais distintos.

O CONSUMO PER CAPITA DE OVOS NO BRASIL ATINGIU A MARCA DE 230 OVOS/HABITANTE EM 2019.

FONTE: ABPA

A duração das Fases

da 1ª a 10ª semana de vida.

Cria

da 1ª a 10ª semana de vida.

da 11ª a 17ª semana de vida.

Recria

da 11ª a 17ª semana de vida.

da 18ª semana à 100ª semana

Postura

da 18ª semana à 100ª semana

Beneficiamento do ovo

preparo para comercialização

Depois que a galinha para de pôr ovos, ela geralmente é encaminhada para o abate.

 

Outros sistemas de produção de ovos

Caipira

Devem seguir a Norma Técnica ABNT NBR 16437/2016

Não é a coloração e o tamanho que determinam se o ovo pode ser considerado caipira, mas sim a linhagem genética e as características do sistema.

As aves nunca ficam em gaiolas. Devem ter acesso à área externa, que deve fornecer, pelo menos, 0,5m2/ave alojada. Ficam soltas no período da manhã e recolhidas ao final da tarde, exceto quando o clima não permite.

Dentro do galpão, onde ficam os comedouros, bebedouros, poleiros e área para ninho, deve haver, no máximo, 7 aves/m2.

Não é permitido o uso de antibióticos ou antiparasitários como promotores de crescimento, mas apenas para tratamento de doenças e afecções.

Orgânico

Devem seguir a Instrução Normativa 17/2014, do Ministério da Agricultura (MAPA)

Apenas aves não geneticamente modificadas

As aves nunca ficam em gaiolas. Devem ter acesso a pastagem ou área de circulação ao ar livre, com vegetação arbórea suficiente para garantir sombra a todos os animais sem que esses tenham que disputar espaço, e não menos que 1m2/ave

Dentro do galpão, onde ficam os comedouros, bebedouros, poleiros e área para ninho, deve haver, no máximo, 6 aves/m2.

A debicagem não é permitida.

A alimentação das aves deve ser essencialmente orgânica.

Não é permitido o uso de antibióticos ou antiparasitários como promotores de crescimento, mas apenas para tratamento de doenças e afecções (mais restrições que o caipira).

As Fases

Cria

Uma estrutura para restringir a área disponível para as aves é montada: círculos, campânulas (aquecedores), bebedouros e comedouros.

Compra de pintainhas e colocação delas no círculo.

 Após uma semana de vida, as pintainhas são encaminhadas para as gaiolas ou ficam com a área do galpão liberada, após a retirada do círculo.

Para evitar essa perda, os produtores passaram a cortar a ponta dos bicos (debicagem) das aves, o que não resolve o distúrbio mental, só impede que elas se machuquem e consumam muita ração.  Esse processo de mutilação é realizado da 1a a 12a semana de vida , com uma lâmina que deve ter a temperatura entre 500ºc e 570ºc. É muito comum a debicagem ser mal feita, cortando excessivamente o bico, o que pode causar dor crônica e prejudicar a alimentação (apreensão da ração). Uma alternativa foi a apara do bico com infravermelho, que, em princípio, é menos traumático, e realizada até o 10º dia de vida.  

Os pintinhos (machos representam cerca de metade dos recém-nascidos), como não põem ovos, são eliminados imediatamente. Essa eliminação pode ser feita por trituração, câmara de CO2, ou simplesmente descartados sem tratamento rápido, para reduzir seu sofrimento.

ReCria

Por volta da 11º semana de vida começa a fase da recria.

As aves são distribuídas por tamanho, com a finalidade de deixar os grupos mais uniformes, gerando menos competição desproporcional por recursos (água, ração, espaço).

Uma nova debicagem pode ser realizada, se necessário.

A falta de espaço é prejudicial para os seus músculos, articulações, ossos e para a saúde em geral.

Lesões resultantes do contato da pele com as grades são frequentes.

Postura

Cada ave possui, em média, um espaço menor que uma folha A4 dentro da gaiola. Ambiente lotado e desestimulante. Há sofrimento e frustração.

Poucas atividades naturais, por falta de espaço e recursos (poleiro, material ou área para ninho, areia)

 Condições anti-higiênicas.

Brigas entre galinhas são comuns, normalmente por questões de comida.

Animais podem ser feridos, sofrer de estresse e ainda não obter a alimentação adequada, resultando em fome.

É feito o controle da iluminação e da ventilação pelo manejo da cortina.

Lesões resultantes do contato da pele com as grades são frequentes.

São privadas de contato social por afinidade, o que pode causar tédio extremo e aflição significativa.

ABATE

Com a queda da produtividade (seja por idade ou doenças), as galinhas são descartadas, sendo encaminhadas para o abate.

Compromissos

Diversas empresas alimentícias que utilizam ingredientes de origem animal, como ovos e carne suína, firmaram compromissos públicos am adotar melhorias de bem-estar animal na sua cadeia de produção. Veja que compromissos são esses.

Galinhas Poedeiras
Suínos