FAQ bem-estar animal

É uma declaração pública feita por empresas em seus canais oficiais, assumindo o compromisso de revisar suas cadeias de fornecimento para alinhá-las a padrões mais éticos e sustentáveis de criação e manejo de animais, dentro de um prazo determinado.

O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de animais do mundo. Globalmente, crescem as preocupações com as condições em que os animais são criados e com o surgimento de novas doenças zoonóticas – um risco elevado em sistemas intensivos de produção. Além disso, um novo perfil de público consumidor tem se consolidado: mais atento, crítico e exigente em relação à origem dos produtos que consome.

A publicação do compromisso em si não gera custos, assim como o apoio que a Alianima oferece na sua elaboração. Mas é importante ter clareza de que a sua implementação envolve, sim, algum investimento – principalmente com a adaptação da cadeia de fornecimento ou da estrutura produtiva e, em alguns casos, com certificações. Esses valores variam conforme o porte da empresa e a complexidade da cadeia que será revista, e devem ser considerados desde o início. Por outro lado, muitas empresas têm conseguido distribuir esses investimentos ao longo do tempo, com planejamento e metas escalonadas.

A transparência é fundamental em qualquer cadeia de fornecimento. Para garantir que seus fornecedores atendem aos critérios de bem-estar animal anunciados, sua empresa pode adotar programas de monitoramento contínuo e solicitar evidências práticas do cumprimento das exigências. Uma forma comum de fazer isso é por meio de certificadoras especializadas, que auditam e validam o cumprimento dos padrões diretamente nas propriedades.

Não necessariamente. O impacto no preço final depende das estratégias adotadas internamente. É verdade que podem existir custos iniciais, mas políticas de bem-estar animal também geram benefícios e ganhos de eficiência que podem compensar esses investimentos. Além disso, elas agregam valor à marca e ao produto, especialmente quando os consumidores são informados sobre a iniciativa.

Sabemos que a implementação de compromissos pode trazer desafios, mas com organização e planejamento, ela é totalmente viável. Algumas empresas, inclusive, concluem suas transições antes dos prazos anunciados. É muito importante manter a transparência ao longo do processo, comunicando avanços, dificuldades e os passos tomados para superá-las.

O primeiro passo é alinhar internamente sobre o tema, garantindo que todas as áreas envolvidas estejam cientes da importância e dos impactos da política. Em seguida, recomendamos anunciar publicamente o compromisso – isso sinaliza ao mercado e aos fornecedores que a empresa está engajada na transição e dá tempo para que todos se preparem. A partir daí, o próximo passo é mapear a cadeia de fornecimento, traçar um plano de transição com metas anuais e elaborar comunicados regulares sobre o progresso alcançado.

Após o anúncio, o próximo passo é contatar seus fornecedores para entender se já oferecem opções alinhadas ao compromisso. Caso não ofereçam, é importante comunicar a intenção e incentivá-los a se programar (ou buscar novos fornecedores se for mais conveniente). Em seguida, é importante traçar um plano de transição com metas semestrais ou anuais (também conhecido como RoadMap), promover treinamentos internos sobre o tema e planejar a comunicação anual sobre o progresso feito. Ao final do processo, é essencial informar publicamente a conclusão da transição. Caso haja qualquer alteração significativa no progresso (como mudanças no cronograma ou retrocessos pontuais), isso também deve ser comunicado com clareza.